É realmente deprimente a forma como pessoas se utilizam, até de iniciativas da sociedade civil ou públicas, consideradas nobres, para produzir reflexões puramente pessoais, e emitir frases provocativas e depreciativas ao município que há muito tempo lhe concede o pão.
As infelizes considerações pessoais, faladas em veículo de comunicação radiofônica, ou publicadas em seu blog, utilizado mais como portal virtual de autopromoção, sempre estão acompanhadas de grande falta de conhecimento daquilo que o próprio editor está emitindo como “opinião”.
“Espera-se que a Prefeitura de Jequié se inscreva e enfrente o desafio importante de fazer valer a criação e funcionamento em Jequié da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo”. (postado em: www.jequiereporter.com.br)
A frase acima, deixa clara a ausência de leitura da integra do regulamento do Concurso “Cidade Baiana da Cultura 2010”, pelo seu editor, esclarecemos:
O Concurso CIDADE BAIANA DA CULTURA 2010, não se trata de atos politiqueiros, ou, objetiva fazer valer a criação de secretarias de cultura nos municípios baianos.
Trata-se de um Programa de proponente da sociedade civil, que através do FAZCULTURA, Governo da Bahia – SECULT, SETUR e SEFAZ, objetiva sua realização em um município que será selecionado por comissão específica, conforme critérios claros presentes em seu regulamento, com o intuito de:
1.Contribuir para um maior conhecimento da identidade cultural baiana, fomentando a auto- estima dos cidadãos, através da promoção e divulgação das culturas regionais existentes na Bahia;
2.Valorizar, promover e preservar o patrimônio histórico, artístico, cultural e ambiental, bem como a diversidade e a identidade cultural do povo baiano;
3.Estabelecer uma nova via de cooperação entre os municípios e o estado, favorecendo a coesão interna e a integração regional;
4.Estabelecer uma nova via de cooperação entre as organizações não governamentais e empresas na aplicação de seus conhecimentos e na viabilização de recursos;
5.Potencializar e valorizar os recursos locais: culturais, turísticos, ou ambientais;
6.Fortalecer o crescimento do turismo cultural;
7.Fomentar o desenvolvimento do turismo interno no país, abrindo também novas perspectivas para receber o turismo internacional;
Deslocar o pólo dos movimentos culturais dos grandes centros, permitindo que outras cidades e regiões do estado da Bahia possam mostrar também o seu potencial;
8.Mostrar o Brasil para o mundo, através da diversidade e riqueza da nossa cultura;
9. Contribuir para o estabelecimento de novas políticas públicas e culturais para o país.
Segundo o item 3.6.2 do regulamento:
A comissão Julgadora deverá fazer a análise e avaliação das candidaturas, unicamente com base nas informações inseridas no Formulário de Candidatura – CIDADE BAIANA DA CULTURA 2010, e nos documentos anexos que forem apresentados pela cidade candidata, visando o atendimento dos seguintes objetivos:
1- Destaque da cultura própria da cidade, seu patrimônio e a sua herança cultural.
2- Reconhecimento do mérito das personalidades que marcaram a história e a cultura locais.
3- Contribuição para o fomento da inovação artística e a criação de novas formas de ação e de diálogo cultural.
4- Colaboração e participação conjunta de todos os órgãos municipais na elaboração do Programa Cultural.
5- Envolvimento dos cidadãos e das instituições da sociedade civil local, na preparação do Programa Cultural e grau de apoio à candidatura.
6- Sensibilização da sociedade para a valorização e preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental local.
7- Participação das camadas sociais menos favorecidas economicamente, em ações que contribuam para a sua inclusão social e cultural.
8- Valorização e potencialização dos recursos culturais e turísticos.
9- Desenvolvimento de atividades economicas através da cultura, especialmente no setor de turismo e que contribuam para a geração de emprego e renda.
10- Fomento ao turismo cultural de qualidade, enfatizando a gestão permanente do patrimônio cultural e a necessidade de conciliar as expectativas dos visitantes com as da sociedade local.
11- Intercâmbio cultural e a cooperação com outras cidades do Brasil e do exterior.
12- Compatibilização do patrimônio arquitetônico existente na cidade com as estratégias de novos desenvolvimentos urbanísticos que possam contribuir para a melhoria da infra-estrutura voltada para os setores cultural, ambiental, social, turismo e lazer.
Ou seja, não basta ter secretaria de cultura criada no município, para ganhar o título e o prêmio de “Cidade Baiana da Cultura”, apenas isso, não definirá o Concurso. Cidades com simples coordenações de cultura, também poderão está aptas ao prêmio, desde que estejam articuladas, atendam a um conjunto de fatores conforme descritos acima, e, sobretudo, reflitam o pensamento de toda à municipalidade, sem politicagens ou torcidas contra, sem a utilização de argumentos depreciativos, ou qualquer outra forma de provocação pessoal contra a coletividade. Afinal, por toda sua história, personalidades artísticas, produtores, mestres, patrimônios culturais materiais e imateriais, porque Jequié não mereceria este título?
Texto:
Alysson Andrade
Produtor Cultural Jequieense
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